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Oi coloca a venda da operação móvel a teste, e TIM e Vivo acenam positivamente

A operadora pretende vender essa parte da sua operação neste ano, mas só se receber uma boa oferta

Foto: Shutterstock
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  • A empresa pretende aprovar em uma nova assembleia com credores um acréscimo ao plano de recuperação judicial aprovado em dezembro de 2017, o que incluiria uma proposta de venda da operação de telefonia móvel;
  • No ano passado, a operação móvel da Oi foi avaliada em R$ 15 bilhões pelo BTG Pactual.

Nesta semana, segundo informações dos jornais Valor Econômico e O Estado de S.Paulo, a Oi, maior operadora de telefonia fixa do Brasil, testou o interesse do mercado pela sua operação móvel. A companhia pretende vender essa parte da operação neste ano, mas só se receber uma boa oferta.

Vivo (do grupo espanhol Telefônica) e TIM (Telecom Italia) confirmaram, por meio de comunicado ao assessor financeiro do grupo Oi, o Bank of America Merrill Lynch, que têm interesse na aquisição da operação. Ainda no ano passado a Claro ( da América Móvil) também havia manifestado interesse, por meio da imprensa, na aquisição da operação.

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No fim do ano passado, a Oi fez uma emissão de debêntures no valor de R$ 2,5 bilhões. Com mais US$ 1 bilhão referente à venda da participação de 25% que a Oi detinha na operadora móvel angolana Unitel, em janeiro deste ano, a empresa, que passa por uma recuperação judicial desde 2016, ganhou algum fôlego.

Ainda assim, segundo o Valor, a empresa pretende aprovar em uma nova assembleia com credores um acréscimo ao plano de recuperação judicial aprovado em dezembro de 2017, o que incluiria uma proposta de venda da operação de telefonia móvel.

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O pedido para uma nova assembleia já foi aprovado pela Justiça. Agora a empresa precisa apresentar uma proposta para isso, em um prazo de até 180 dias. Depois da apresentação da proposta, a empresa terá mais 60 dias para realizar a assembleia.

No ano passado, a operação móvel da Oi foi avaliada em R$ 15 bilhões pelo BTG Pactual. Se a negociação com as demais operadoras prosseguir, provavelmente cada uma ficará com uma parte da operação móvel da Oi.