Tecnologia

PicPay lança produto de crédito para empréstimo entre pessoas

Na modalidade P2P, o contrato não pode ultrapassar o valor de R$ 15 mil

Sede do PicPay, em São Paulo.
Sede do PicPay, em São Paulo. Foto: Divulgação/PicPay
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  • Inicialmente o app permitirá que a transação ocorra apenas entre a agenda de contatos dentro do PicPay;
  • Os juros são negociados pelo tomador diretamente com o investidor.

O PicPay agora passa a ter o empréstimo entre pessoas, conhecido como “peer-to-peer lending” (P2P), no portfólio de serviços financeiros oferecidos. Com a alta capacidade de conectar tomadores e investidores entre os seus 48 milhões de clientes e gerar um amplo efeito de rede, o super-app se torna a maior plataforma a oferecer a modalidade no país. 

Anderson Chamon, co-fundador e vice-presidente de Produtos e Tecnologia do PicPay, já tinha adiantado em entrevista ao LABS em fevereiro que o PicPay lançaria seu produto de crédito. “Para continuar crescendo de forma constante e ordenada, vamos apostar no desenvolvimento de nosso ecossistema, tanto no braço financeiro, quanto nas demais frentes em que atuamos,” disse Chamon ao LABS.

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Segundo o PicPay, no Brasil é usual que operações de crédito aconteçam entre familiares e amigos. O app promete segurança jurídica, previsibilidade, facilidade de conversação e um processo de cobrança amigável nessas transações. 

“Muitas vezes as pessoas deixam de emprestar ou preferem pedir dinheiro ao banco a ter que cobrar ou ser cobrado por um amigo. Essa parte fica com o PicPay e é feita de forma cuidadosa e focada na experiência do usuário”, conta Eduardo Chedid, Vice-Presidente de Serviços Financeiros.

Para diminuir os riscos de quem empresta, inicialmente o app permitirá que a transação ocorra apenas entre a agenda de contatos dentro do PicPay. 

Assim como nos aplicativos de mensagem, quem estiver precisando de dinheiro pode procurar um investidor (aquele que pode emprestar) na sua lista de amigos e iniciar uma negociação no próprio ambiente do super-app via mensagem direta, fortalecendo o efeito de rede dentro do PicPay. Nessa dinâmica, pessoas trocam entre si, gerando benefício mútuo, diminuindo custos e colaborando para o crescimento da plataforma.

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Os juros são negociados pelo tomador diretamente com o investidor, que segundo o PicPay, pode ter um rendimento mais atrativo do que em muitas aplicações, como as de renda fixa, com retornos até 10 vezes maiores do que a Selic. Segundo o PicPay, com sua grande capacidade de escala, o P2P Lending no PicPay contribui para a democratização do acesso ao crédito ao passo que oferece uma opção de investimento mais atrativa. 

Assim que ambas as partes concordam com as condições de valores, taxas e prazos, o PicPay formaliza o contrato no mesmo dia, calcula o valor das parcelas e se encarrega de lembrar o tomador de pagá-las. Pela regulamentação do empréstimo entre pessoas, o contrato não pode ultrapassar o valor de R$ 15 mil.

Além disso, segundo Chedid, todas as contas do PicPay passam por controle antifraude e os usuários que têm a função disponível passaram por uma análise de crédito completa e minuciosa.

Leque de serviços financeiros do PicPay

De acordo com Chedid, a operação de empréstimo entre pessoas chega para complementar o leque de serviços financeiros oferecidos pelo PicPay. Recentemente, foi lançado o crédito pessoal, no qual os usuários podem contratar o empréstimo de outras instituições diretamente na plataforma, bem como utilizar o dinheiro para pagar, transferir e comprar pelo próprio app. 

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“Além de atrair mais usuários para o PicPay, o empréstimo reforça o compromisso da plataforma de ser um ecossistema completo, capaz de permitir que os usuários conversem, negociem contratos, paguem, tenham retornos e consumam, tudo em um lugar só”, resume Chedid.