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Eve, da Embraer, recebe encomenda de 100 táxis aéreos da Bristow

As ações da Embraer dispararam após o anúncio, impulsionadas por relatório do Goldman Sachs que elevou a recomendação sobre o papel da empresa

Veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL), também conhecido como táxi voador da EmbraerX, que agora é da nova empresa Eve. Imagem: Embraer/Divulgação
  • Eve fechou acordo com a Bristow para buscar certificação de operador aéreo para sua aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical;
  • Ainda na segunda-feira, a Eve também tinha anunciado um acordo com a plataforma de reserva de voos em helicópteros Helipass para aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical na França e outros países da Europa.

A fabricante de aeronaves Embraer informou nesta quinta-feira que seu braço de mobilidade urbana Eve fechou acordo com a Bristow para buscar certificação de operador aéreo para sua a aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical.

A Bristow anunciou encomenda de até 100 aeronaves que serão usadas nesse acordo com entregas previstas para começar em 2026.

As ações da Embraer disparavam após o anúncio, impulsionadas ainda por relatório do Goldman Sachs que elevou a recomendação sobre o papel de “neutra” para “compra”. As ações da empresa na B3 tinham alta de 10,5% às 11h13, para R$ 23,6, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 1,2%. O ADR mostrava ganho de 10,7% em Nova York, para US$ 17,8.

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“O trabalho conjunto desenvolverá um modelo de operação de mobilidade aérea urbana utilizando a experiência da Bristow no transporte seguro de passageiros e cargas em todo o mundo”, afirmou a empresa em comunicado.

Segundo as companhias, o ambiente operacional do memorando de entendimentos se concentrará em design de veículos e de “vertiportos”, desenvolvimento regulatório para o ambiente operacional, certificação e operação autônoma.

As empresas planejam desenvolver serviços para otimizar o desempenho das aeronaves e os sistemas de gerenciamento de tráfego aéreo, inclusive para os não tripulados.

No relatório, os analistas do Goldman Sachs afirmaram que os negócios da Eve ainda não estão totalmente precificados na ação da Embraer, dados os valores de mercado de outras companhias de eVtol listadas em bolsa.

“Elevamos a Embraer de neutra para compra, com potencial de alta de 50% para o nosso novo preço-alvo de US$ 23 em 12 meses o ADR, também ressaltando a firme exposição da companhia à força dos mercados de jatos regionais e executivos, melhora na performance operacional e ‘valuation’ atraente” de sete vezes o Ebitda estimado para 2023 embutido nos preços atuais, afirmaram os analistas.

“Os jatos regionais ainda estão abaixo de níveis totalmente normalizados…Esperamos revisões positivas de estimativas e vemos margens e fluxo de caixa mais fortes como catalisadores disso”, escreveram os analistas.

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Ainda na segunda-feira, a Eve também tinha anunciado um acordo com a plataforma de reserva de voos em helicópteros Helipass para aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical na França e outros países da Europa.

Segundo o comunicado, a meta da parceria é operar 50 mil horas de voo por ano na aeronave da Eve, mas que pode ter um aumento opcional de 100 mil horas por meio da rede da Helipass.

O lançamento da EVA, como será conhecida a parceria, está previsto para 2026, com voos turísticos e traslados para aeroportos.