- A rodada foi por meio da CapTable, plataforma de equity crowdfunding que permite a investidores de varejo investir em startups;
- O objetivo da startup é concluir 2021 com faturamento superior a R$ 3,3 milhões e em 2022 chegar ao número de R$ 6,7 milhões.
Vinho em lata? Sim, na lata. Essa é a aposta da startup Lovin’ Wine, que acabou de receber um aporte de R$ 2 milhões em uma rodada de crowdfunding com 322 investidores. O comércio de vinhos em embalagens “desritualizadas”, ou seja, sem ser a garrafa, é um modelo de negócio que tem atraído startups brasileiras. A Fabenne por exemplo, criada em 2017, oferece o vinho na caixa, ou “bag-in-box”.
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O mercado que essas startups estão de olho é a ascensão do consumo de vinho em meio à pandemia no Brasil. Segundo a Ideal Consulting, em 2020 o consumo de vinho no país subiu 30% em relação ao ano anterior e chegou a 2,78 litros por pessoa maior de idade, um patamar histórico.

A Lovin’ Wine também aposta na “quebra das formalidades que ainda existem em torno do ato de beber vinho” com o vinho em lata. E com bastante gente bancando a ideia: a captação de R$ 2 milhões teve R$ 1,55 milhão reservados em menos de 24h e contou com o aporte de três executivos com background no mercado de bebidas. A rodada foi por meio da CapTable, plataforma de equity crowdfunding que permite a investidores de varejo investir em startups.
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Eduardo Glitz, sócio-fundador da Lovin’, explica que o aporte faz parte de uma estratégia para construir um time de investidores que se tornarão embaixadores da marca. Os recursos serão usados no lançamento de novos produtos, marketing e manutenção de capital de giro.
“O aporte vai contribuir para o processo de expansão da empresa, que visa, além do aumento de sortimento, operar com maior eficiência e melhorar a experiência do cliente nas compras via e-commerce. Vai nos permitir estar presente nos marketplaces que tenham fit com a marca, além da presença nas principais plataformas de delivery, oferecendo conveniência”, disse, em comunicado à imprensa.
Lovin’ colocou seus produtos no mercado em julho de 2020 com duas opções: Branco e Rosé. Até dezembro, a empresa faturou mais de R$ 1 milhão com a venda de mais de 50 mil latas.
Em novembro, por sinal, a Lovin’ bateu recorde de vendas: mais de 10 mil unidades foram comercializadas pelo e-commerce da startup, com São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul entre os principais mercados. O objetivo da startup é concluir 2021 com faturamento superior a R$ 3,3 milhões e em 2022 chegar ao número de R$ 6,7 milhões.
A startup foi originalmente estruturada como uma DNVB (Digitally Native Vertical Brand), que realiza todo seu processo, da fabricação até a entrega do produto para os clientes finais, através dos canais digitais como ponto de venda.
Contudo, os bons números fizeram com que a marca mudasse sua estratégia e também vendesse em espaços físicos. O primeiro local a receber a marca foi a loja conceito da Sam’s Club, no bairro Morumbi, na cidade de São Paulo. Desde então, a Lovin’ está presente na rede St. Marché, em São Paulo, e também na Amazon, onde já é o vinho rosé mais vendido da plataforma e o quarto vinho no geral.

“Esse novo momento vai permitir nos estabelecermos nos principais pontos físicos, mercados, restaurantes, bares, que tenham sinergia com a Lovin, visando o objetivo de atender ao cliente onde quer que esteja”, conclui Glitz.
A marca prepara também a chegada de uma nova opção ao catálogo, o Rosé Dry, um vinho rosé seco fino. O envase está programado para acontecer até o dia 26 de abril e as 15 mil latas que farão parte do primeiro lote do Rosé Dry ficarão à disposição do público no e-commerce da Lovin’ no início de maio.
“Nossa expectativa é comercializar esse lote em até três meses e logo entregar uma nova remessa. Estamos trabalhando com a ideia de que no final do ano o novo Rosé Dry represente 20% do faturamento”, disse João Paulo Sattamini, CEO da Lovin’.