Tecnologia

Testes rápidos para COVID-19 produzidos por startup curitibana começam a ficar disponíveis

A Hi Technologies não revela o número de exames já distribuídos para farmácias, empresas e prefeituras

Paciente precisa apresentar sintomas para que o teste da Hi seja capaz de detectar o vírus. Foto: Divulgação
Read in english

Testes rápidos para diagnóstico de COVID-19 produzidos pela Hi Technologies, startup curitibana de healthtech especializada em equipamentos para exames laboratoriais, começaram a ser disponibilizados ao público. De acordo com informações que a empresa passou ao LABS, algumas farmácias de Curitiba, onde a startup é sediada, já têm o kit, e a rede Vale Verde, de Londrina, começou a oferecê-los nesta sexta-feira, 17.

Ainda em fase piloto, outras farmácias dos estados do Paraná e São Paulo também receberam lotes do equipamento, porém os pontos de venda ainda preferem não divulgar o produto para evitar sobrecarga na procura. Além disso, a Hi informa que alguns exames já foram enviados para empresas e prefeituras também, todos sendo feitos com base em agendamento. A empresa não divulga o número de kits já distribuídos, apenas que foram “em larga escala”, e a previsão é de que ele se torne mais público até o fim de abril.

O exame é vendido pela Hi por R$ 130 ($25), mas fora do sistema público o custo ao cliente em farmácias pode variar. De acordo com a Hi, o preço final não ultrapassa os R$ 200 ($38).

LEIA MAIS: Startup brasileira combina segurança de dados com videochamadas para até 100 mil pessoas

Resultado em 15 minutos

A amostra de sangue é coletada em uma cápsula e misturada aos reagentes do dispositivo portátil. Os dados são transmitidos instantaneamente para um laboratório físico, onde são processados ​​usando os algoritmos da empresa antes da emissão de um laudo. Segundo a Hi, os resultados podem sair em até 15 minutos. O procedimento é semelhante a outros testes rápidos e o nível estimado da precisão do teste está entre 93% e 98%.

Há sistemas que detectam o vírus antes mesmo que os sintomas apareçam, porém a tecnologia da Hi é direcionada aos casos em que o indivíduo já apresenta sintomas do novo coronavírus há pelo menos três dias. A detecção é possível por meio de um anticorpo produzido pelo paciente e não pelo próprio coronavírus.

Equipe

Criada em 2017, a Hi já oferece seu sistema de laboratório portátil a redes de drogarias brasileiras, incluindo RD, Pague Menos e Panvel, para detectar doenças como AIDS, Zika, Chikungunya, dengue, hepatite e diabetes.

A startup tem uma equipe de 125 pessoas, incluindo farmacêuticos e engenheiros médicos, com parte da equipe acompanhando constantemente as notícias de epidemia global para, eventualmente, desenvolver testes para detectá-las.A empresa possui entre seus sócios a Positivo Tecnologia e as empresas de capital de risco Monashees e Qualcomm Ventures.