- Em dezembro de 2018, o número de visitantes únicos era de 1,7 milhão. Em dezembro de 2019, esse número saltou para 7,3 milhões;
- No ano todo, o TikTok teve 738 milhões de downloads, segundo a Sensor Tower, à frente de Facebook e Messenger.
O número de usuários brasileiros que acessam o o aplicativo de vídeos curtos chinês TikTok cresceu 316% em 2019, de acordo com dados obtidos com exclusividade pelo site NeoFeed com a empresa comScore. Segundo o site, em dezembro de 2018, o número de visitantes únicos era de 1,7 milhão. Em dezembro de 2019, esse número saltou para 7,3 milhões.
No mundo todo, segundo dados da Sensor Tower, o app chinês foi o segundo mais baixado no último trimestre de 2019, com 220 million downloads, atrás apenas do WhatsApp. O aplicativo tem crescimento fortemente em mercados emergentes. Além do Brasil, o TikTok também é um fenômeno na Índia. De acordo com a Sensor Tower, 45% dos downloads do TikTok nos últimos meses de 2019 vieram do país asiático. No ano todo, o TikTok teve 738 milhões de downloads, segundo a Sensor Tower, à frente de Facebook e Messenger.
O TikTok surgiu em 2018, um ano depois da ByteDance ter adquirido o Musical.ly. Ao NeoFeed, a empresa disse que tem investido bastante na parceria com grandes marcas de consumo, que usam o TikTok como ferramenta de marketing voltado ao público mais jovem, e também em entender a linguagem e o comportamento dos usuários de cada país ou região.
Assim como disse ao LABS em dezembro, a empresa reforçou ao NeoFeed que possui uma série de filtros e regras que têm como objetivo impedir o uso indevido do app. Os cuidados são importantes porque boa parte do público do TikTok é menor de idade.
Nesta semana, veio à tona um caso de um usuário brasileiro que se suicidou no início do ano passado enquanto fazia um vídeo ao vivo no app. Segundo o The Intercept, a empresa levou três horas, após o vídeo, para avisar a polícia do Paraná, estado onde vivia o adolescente. Aparentemente, segundo apuração do site Tilt, do portal UOL, as transmissões ao vivo são monitoradas por uma equipe que fica na China, e era essa equipe chinesa que tinha a responsabilidade de ter monitorado e descoberto o suicídio do jovem brasileiro. Mesmo depois de essa equipe ter sido avisada, o vídeo ficou no ar ainda por uma hora e meia antes que a conta do adolescente fosse excluída.
O TikTok não é o único app ou rede social a ter casos de suicídio ou morte registrados ao vivo. Facebook, Instagram, Twitter e outros já tiveram casos assim. Ao Tilt, a empresa ressaltou que, desde o ocorrido, atualizou as políticas de transmissão ao vivo e melhorou as medidas de segurança e moderação, além de adicionar novos treinamentos, ferramentas e protocolos de denúncia.